tirsdag 27. desember 2011

Uma lição para não ser esquecida

Palestra com a oradora Ana Jaicy Guimarães (Rio de Janeiro) realizada no dia 24 de setembro de 2011 na Sociedade Espírita Allan Kardec na cidade de Jales-SP

ANTÍDOTO PARA A VIOLÊNCIA

GIOVANNI BRUNO

746 - O assassínio é um crime aos olhos de Deus? - Sim, um grande crime, pois aquele que tira a vida a um semelhante, interrompe uma vida de expiação ou de missão, e nisso está o mal.
(O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)

As histórias e os dramas motivados pela violência são muitos e acontecem com uma freqüência cada vez maior. Pode-se dizer que a violência está em todo lugar e não tem fronteiras pois que diariamente os meios de comunicação nos informam de lamentáveis acontecimentos ao redor do planeta e até daqueles bem próximos de nossas moradas.

Por toda a mídia, rádios, TVs, jornais, revistas e Internet, os crimes são mostrados numa seqüência alucinada de assaltos, seqüestros, estupros, assassinatos e chacinas não apenas com o intuito de informar mas, sobretudo, com a finalidade de faturar cada vez mais. A desculpa que nos dão é que eles têm que informar a população e, desta forma, os acontecimentos são ampliados e explorados de forma irresponsável. Será que nunca acontecem coisas boas e construtivas ou falta capacidade para encontrá-las?

O fato é que a violência, e todos os desdobramentos nefastos derivados dela, mostrados ininterruptamente dia e noite, virou coisa corriqueira. Isso me lembra uma história contada por um amigo há alguns anos.

Foi nos meados dos anos 1980. Esse amigo tinha parentes morando no Líbano, no tempo da guerra, naquele caldeirão insano que era Beirute, a capital, e todos lutavam contra todos, onde balas de metralhadoras e morteiros partiam do chão, enquanto bombas e foguetes partiam de aviões e navios. As imagens que nos chegavam eram, como são ainda hoje em qualquer guerra, de morte, desespero e aflição, casas e prédios destruídos aleatoriamente...Um dia, tendo a oportunidade de encontrarem-se no Brasil, indagados sobre a vida aflitiva que levavam em Beirute e porque não se mudavam de lá, responderam: -- Não nos incomodamos mais. Já estamos acostumados com tudo aquilo.

Poderíamos analisar essa extraordinária capacidade de adaptação com que Deus moldou o Ser Humano através das inúmeras reencarnações, porém, agora nosso intuito é outro, e também podemos afirmar que nos acostumamos com a violência que enfrentamos no Brasil. Estamos tão acostumados à ela, que até nos pegamos rindo de programas humorísticos onde a violência é o tema de alguns quadros. Nos pegamos até rindo de lamentáveis situações familiares expostos ao ridículo por programas que mostram "aquilo que o povo quer ver".

Por se tratar de um conceito adquirido através da Evolução, em todas as épocas e em todas as culturas, da mais rudimentar até a mais sofisticada, sempre se respeitou e ensinou através da Religião e dos diferentes sistemas Filosóficos, ser a Vida o "maior bem" que possui o Ser Humano. Embora o conceito de preservação da Vida esteja gravado em nossas mentes, esse bombardeamento vulgar e incessante da violência está banalizando e "adormecendo" esse sentimento de "valor supremo" que a Vida tem.

É irônico, numa época em que se quer preservar da extinção a Vida de animais e plantas, que torcer por um time de futebol, discussão no trânsito e a falta de pagamento - e até falta de troco - de Um Real (certamente os leitores devem saber de motivos ainda mais triviais e ridículos) seja a causa de assassinatos e dramas diversos que poderão durar várias encarnações com desdobramentos que certamente dificultarão nossa caminhada até os Planos de Luz.

As causas apontadas são as mais diversas. A miséria é uma delas mas a violência também está nas camadas econômicas mais altas. A degradação moral porque passa a atual civilização, raras vezes citada, talvez seja o componente mais forte desse conjunto de fatores que nos levam a atos tão tresloucados.

Enquanto não fizer parte do coração de cada Ser Humano a máxima ensinada por Jesus de "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" teremos, por muito tempo ainda, grandes fatos a lamentar.

Por ora, para amenizar essa onda negativa que nos envolve e afastar também os arautos da destruição, e do pessimismo, podemos fazer um pacto íntimo contra o "baixo-astral". Comecemos por não assistir, e não ouvir, programas que tratem de violência, ridicularizem ou aviltem o Ser Humano; da mesma forma, fiquemos sem ler as matérias policiais de jornais e revistas, pois não fazem nenhuma falta; ao passar por um acidente, vamos manter a mente em oração afastando, assim, aquela curiosidade mórbida que se regozija com o quanto pior melhor; se formos vítimas de assalto, manter a calma, não reagir e dar tudo de material que nos pedirem para preservar aquilo de maior valor que possuímos, e do qual somos responsáveis diretos perante Deus: nossa Vida.

Afastar-se das notícias de violência não é alienar-se como já ouvi alguém dizer (no tempo da Ditadura, era alienado quem não lia e se informava sobre política e economia). Há muitas maneiras de obter informações sadias e uma delas é assistir a programação das TVs educativas espalhadas pelo país onde mesmo os acontecimentos mais infelizes são ali apresentados com equilíbrio e bom senso.

Para finalizar, qualquer que seja a situação, confiar sempre em Deus, porque é Ele que conhece os desígnios de nossas Vidas, nossa Nação e nosso Planeta. Através da oração, manter nossas mentes e corações sintonizados em Jesus, nosso Irmão e Mestre, para que, como um farol, passemos a irradiar Paz e Amor para coletividade em que nos encontramos, suavizando dessa forma a atmosfera de pessimismo que envolve a todos.
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MeldingstekstTranscrito de Alavanca (Campinas), ano 44, n. 447, setembro/outubro de 1999, p. 4, com a permissão do autor e do editor.

Por que Allan Kardec?

por Silvio Seno Chibeni
Dogmatismo? Tradicionalismo? Fanatismo? Visão estreita?

Vejamos:

1. A obra de Allan Kardec, quando analisada internamente, revela uma solidez lógica, uma racionalidade, uma limpidez argumentativa, uma coerência de fazerem inveja aos mais conceituados tratados filosóficos que a Humanidade possui;

2. Allan Kardec revelou, em tudo o que fez, uma prudência, um equilíbrio, uma sobriedade, um espírito positivo e despreconcebido, um bom senso, enfim, que singularizam sua figura entre todos os expoentes da cultura humana;

3. A obra de Allan Kardec, contrariamente ao que em geral acontece com outras que abordam os mesmos assuntos, está firme e amplamente baseada em fatos, cuidadosa e minuciosamente examinados à luz dos referidos critérios racionais; não surgiu entre as quatro paredes de um gabinete, mas de uma extensa convergência de informações;

4. Allan Kardec era possuidor de uma vasta erudição, transitando inteiramente à vontade pelos mais variados campos do saber – das ciências às artes, das filosofias às religiões – o que lhe permitiu trazer ao seu domínio de estudo os mais relevantes problemas que interessam ao homem, dentro de uma visão abarcante e integrada da realidade;

5. A obra de Allan Kardec apresenta-se dentro de padrões de clareza e objetividade tais, que não deixa nenhuma margem a ambigüidades e mal-entendidos, especialmente quanto aos pontos fundamentais;

6. Allan Kardec soube ser impessoal, separando com rigor suas opiniões pessoais e peculiaridades de sua vida privada do conhecimento doutrinário, que é independente e objetivo; jamais pretendeu a posse exclusiva e completa da verdade, nunca recusou um princípio pelo só fato de ter sido descoberto ou proposto por outrem, nunca hesitou em abandonar uma idéia quando provada errônea por argumentos insofismáveis;

7. A obra de Allan Kardec é incomparavelmente abrangente, ocupando-se desde os fatos mais palpáveis, destacadamente os relativos à sobrevivência do ser, até as mais profundas investigações da ética, passando pelo exame lúcido das grandes questões filosóficas que ao longo das eras têm desafiado o raciocínio do homem;

8. Allan Kardec tem sido confirmado, por fontes independentes e fidedignas, como um grande emissário de Jesus, especialmente escolhido por Ele para concretizar na Terra a Sua promessa do envio do Consolador, [nota 1] que nada mais é do que o Espiritismo, que veio para nos ensinar todas as coisas (o esclarecimento abundante que traz), para nos fazer lembrar tudo o que Jesus nos disse (a sanção e explicação que ele nos dá dos Evangelhos), e que estará sempre conosco (a perenidade do Espiritismo);

9. A obra de Allan Kardec não é uma estrutura estática e fechada, mas sim dinâmica e aberta a complementações futuras, incorporando a característica da progressividade, essencial a todo sistema científico ou filosófico que não pretenda ser sepultado pelas constantes e inevitáveis descobertas de fatos novos e pela ampliação geral do conhecimento humano;

10. Allan Kardec testemunhou em todos os atos de sua vida a sua condição de Espírito de escol: jamais prejudicou a alguém; só com o bem retribuiu as ingratidões, ofensas e calúnias com que em vão tentaram embaraçar-lhe os passos; doou-se por completo à grande obra de educação dos homens que é o Espiritismo: a ela sacrificou o conforto, o repouso, os bens materiais, a saúde e até a própria vida.
Estudemos com seriedade essa obra. Conheçamos de perto esse autor.
Depois, comparemo-los à obras e autores que os pretendam superar. Quais se poderão gloriar de fazer-lhes frente em apenas algumas das dez características enumeradas (para não dizer em todas)?

Retornemos, por fim, à questão: Por que Allan Kardec?

Talvez já não seja difícil respondê-la.

Notas:

1.Cf. Evangelho de João, cap. 14.

2. Para uma visão precisa, detalhada e completa da personalidade de Allan Kardec, bem como das origens, dimensões e significado de sua obra, consulte-se o livro Allan Kardec (3 vols.), de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, editado pela Federação Espírita Brasileira em 1979/80.

3. Para uma exposição do caráter legitimamente científico (à luz da moderna filosofia da ciência) do desenvolvimento de uma atividade de pesquisa em torno de um núcleo de princípios básicos (como o Espiritismo o faz em relação aos princípios fundamentais da obra de Allan Kardec), veja-se o artigo "Espiritismo e ciência", em Reformador de maio de 1984. (Nota do Autor em outubro de 1998: Para o mesmo tema, ver também os artigos "A excelência metodológica do Espiritismo" e "O paradigma espírita", publicados na mesma revista, números de novembro e dezembro de 1988 e junho de 1994, respectivamente.)

Artigo publicado em Reformador, abril de 1986, pp. 102-3.

lørdag 17. desember 2011

A Estrutura Didática de "O Livro dos Espíritos"

Esta palestra é uma verdadeira aula sobre o Espiritismo. para quem não o conhece, Cosme Massi é um estudioso paranaense da Doutrina Espírita. Ele é físico, doutor em lógica e profundo conhecedor do Espiritismo. A palestra está dividida em 8 partes nesta ordem:











mandag 5. desember 2011

Aconteceu em Oslo

O primeiro encontro dos grupos espíritas da Noruega foi um sucesso. Cristina Latini, presidente do GEEAK Noruega, abriu o encontro com muita emoção e transbordando felicidade. Ela compartilhou que o evento já tornou-se um marco que ficará registrado em nossos corações e mentes por muitos anos e, como o próprio programa estabelece, será o primeiro de vários outros encontros visando o estreitamento dos contatos, o apoio e a união entre os Grupos Espíritas Noruegueses em prol do avanço da Doutrina Espírita nesse país.


Houve também uma apresentação dos diversos grupos e participantes presentes, dirigida pela psicóloga Carmen Fernandino Berg  com um quebra-gelo muito divertido, fazendo ecoar risos e gargalhadas gostosas, adicionando ainda mais positividade à atmosfera de fraternidade no local. Dos grupos participantes tivemos: o Grupo de Estudos Espíritas Allan Kardec de Oslo – que dirigiu o evento, Elsa Rossi representando o Conselho Espírita Internacional, o Grupo de estudos de Bergen, o grupo Chico Xavier de Trondheim, o Grupo de Estudos Espíritas de Stavanger e, como Cristina bem colocou, a Sementinha plantada em Larvik, na pessoa do amigo Paulo Tantoulos. Num total de 24 participantes no local da Felleshuset Stallen.


A palestrante convidada foi Elsa Rossi –  secretária do Conselho Espírita Internacional, paranaense atualmente morando em Londres, Reino Unido. Ela compartilhou a importância do Centro Espírita no contexto do Movimento Espírita Mundial. Como somos interligados numa teia global, toda atividade realizada na pequenina Noruega repercute em todo mundo e vice-versa, dai a importância de estarmos ligados sob essa rede de apoio, dos pequenos grupos espíritas, aos conselhos regionais e nacionais.  O Movimento Espírita cresce continuamente e não podemos achar que sozinhos transformaremos o mundo, mas como disse Bezerra de Menezes solidários seremos união. 
Elsa Rossi também compartilhou sobre a importância da divulgação da Doutrina Espírita em língua norueguesa, primeiramente em respeito a psicosfera do país que nos tem acolhido, e talvez até também resgatando uma história comum em nossas vidas passadas. Quebrando paradigmas de que o Espiritismo e só para brasileiros ou que o Brasil exporta Espiritismo.  Dai a importância em veicular material em língua nacional, para que os nossos irmãos noruegueses também possam se beneficiar da consoladora doutrina nos Espíritos.

Após a palestra, Cristina Latini nos trouxe um panorama do Movimento Espírita na Noruega; ontem e hoje. Para quem achava que o movimento Espírita havia iniciado recentemente, nos anos 90, ficamos sabendo de que o movimento Espírita na Noruega data de 1886 na pessoa de Bernt Torstenson, contemporâneo do codificador  Allan kardec e de Leon Denis. 


Bernt além de divulgador da Doutrina Espírita na Noruega era magistrado, trabalhou no Departamento de Auditoria do governo e falava  várias línguas. Foi o grande pioneiro e maior divulgador do Espiritismo na Noruega e Escandinávia. Deixou um inestimável trabalho de tradução  das obras de Kardec , entre outras ligadas ao Espiritismo (na Biblioteca Nacional). Foi também editor da revista ‘Morgendemringen’ publicada pela primeira vez em  1886 e editada mensalmente em formato A4 durante 38 anos. A revista continuou por alguns poucos anos após a desencarnação de Bernt Torstenson, mas infelizmente teve de ser interrompida. Pudemos sentir uma atmosfera de grande emoção e respeito quando Cristina compartilhou o sonho do grande dia em que a revista 'Morgendemringer' venha a ser reaberta e retomada sua publicação mensal na Noruega.

Finalizando o encontro, a pedagoga Maria Aparecida Padilha Ribeiro, também do GEEAK Oslo, nos brindou com uma dinâmica de grupo “ Café Diálogo”, no qual os grupos espíritas pudessem se entrosar trazendo seus desafios atuais e buscando soluções em conjunto.  O resultado não foi outro além do encorajamento mútuo e o desejo de solidariedade e crescimento da doutrina Espírita na Noruega.  Comentamos sobre tomar as rédeas, arregaçar as mangas e trabalhar na Seara Espírita norueguesa. Na certeza que com o aumento da nossa responsabilidade também aumenta o amparo e direção da Espiritualidade Maior que já tem estado jubilante com o desenvolvimento do Movimento Espírita na escandinavia.
  
O encontro terminou com um lanche fraterno à brasileira, com direito a canjica quentinha deliciosa e caldinho de feijão muito gostoso.